Alfaiates e costureiras
- Lucas Maffessoni
- 30 de set. de 2016
- 2 min de leitura

Você se lembra da última vez que utilizou os serviços de um alfaiate ou uma costureira? Nas décadas passadas, essas profissões eram essenciais na sociedade. As costureiras faziam a maioria dos vestidos de noivas, de casamento e festas, e os alfaiates eram muito procurados para confeccionar os trajes sociais, como ternos e roupas finas. Porém, hoje em dia, está cada vez mais difícil de encontrar esses ofícios na cidade. Por isso, eu fui atrás de pessoas que ainda trabalham nessas áreas na cidade de Londrina. Eu tive a oportunidade de conhecer uma dupla de alfaiates cheia de histórias para contar, Sr. Ezídio (80) e seu auxiliar, Sr. Massaro (83), além de um trio de costureiras, Dona Lilian (57), Iolanda (65) e Laurentina (62).
Os dois alfaiates são muito conhecidos na região onde trabalham, perto do Calçadão da cidade. Com quase 70 anos de profissão (e amizade), os dois senhores me receberam muito bem, e conversamos sobre a situação da profissão hoje. Infelizmente, segundo Seu Ezídio, o ofício da alfaiataria está desaparecendo na sociedade, pois, antigamente, era passado de geração em geração, o que não acontece mais. Porém, existe um lado bom nessa situação, pois os clientes que permaneceram, acabaram se tornando amigos íntimos.
No outro dia, quando visitei o Atelie de Dona Laura, onde ela trabalha com suas duas ajudantes, senti um ambiente agradável, com muita conversa e luz, assim como na Alfaiataria de Seu Ezídio. As três me falaram que hoje muitas pessoas, principalmente as mulheres, ainda procuram seus serviços para ajuste e confecção de roupas. "Aqui é variado, tem bastante cliente antigo, mas também tem bastante novato", afirmou Dona Iolanda. Elas disseram que também aprenderam o ofício com seus pais.
Comments