Vida no Campo
- Katia Peruzi
- 23 de set. de 2016
- 1 min de leitura
Essa é minha vó, Maria Cavalari Peruzi. Ela nasceu em Jardinópolis, no estado de São Paulo, em 1946. Veio morar no Paraná em 1953, no município de Cambé, para trabalhar em uma fazenda de Café, chamada Porta do Céu. Começou a trabalhar na roça aos 7 anos. Casou aos 17 anos com Devanir Peruzi, que na época tinha 24 anos. Tiveram 3 filhos, o primeiro foi com 18 anos. Mora no Sítio São Pedro, faz 52 anos, ou seja, desde 1964. Hoje, com 70 anos, continua trabalhando na roça. Uma de suas frustações foi que com 55 anos tentou se aposentar, mas não conseguiu até hoje. Alegam que ela não tem direito a aposentadoria, apesar de sempre ter trabalhado na roça e nunca ter morado na cidade.
“Sou do tempo que passava roupa com ferro a brasa, tirava água de poço e tomava banho de bacia, só depois adquirimos um chuveiro improvisado de latão. Em 1967 eu e meu marido compramos o primeiro pedaço de terra, foram 4,5 alqueires. Antes de ter energia, quando chegávamos da roça ficávamos escutando rádio a pilha, da Semp. No ano de 1973 puxamos energia para nossa casa, o primeiro eletrodoméstico que adquirimos foi uma geladeira, ela era azul e da Consul. A casa que eu moro hoje foi feita em 1982, foi em uma época que a vida começou a melhorar. Até hoje continuo trabalhando, graças a Deus. Mexo com vaca, cavalo, galinha, porco e cuido do quintal. Na roça não trabalho mais, agora são os filhos e os netos que cuidam.” Maria Cavalari Peruzi
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