Atletas da APAE Cambeense
- João P. Conchon
- 23 de set. de 2016
- 2 min de leitura










Os alunos Paulo Alexandre Tozzi e Eduardo Sabbadine, ambos cambeenses e estudantes da APAE do município, participaram dos Jogos Mundiais para Síndrome de Down 2016, em Florença, na Itália. Ambos portadores do distúrbio, começaram a demonstrar talento para os esportes ainda novos, participando das aulas de Educação Física na Escola Especial Oswaldo de Jesus, ou APAE Cambé.
Eduardo Sabbadine já participou da Seleção Paranaense de Basquete, mas tanto ele quanto Paulo Alexandre optaram por focar no atletismo quando a categoria Síndrome de Down foi instituída em alguns campeonatos esportivos brasileiros. Treinados pelos professores Roseane Margarete de Almeida e Rodolfo Lara Moscardi, os dois começaram a obter bons resultados e chegaram a participar do programa "Bolsa Atleta".
Eduardo também representa o Paraná nas Olimpíadas Especiais das APAEs desde 1996, e junto com Paulo Alexandre, os dois atletas se tornaram campeões em diversas modalidades ao longo dos anos, o que resultou em suas convocações para os Jogos Mundiais de Síndrome de Down 2016.
Dos cinco atletas brasileiros convocados para a equipe masculina de atletismo, três eram paranaenses. Paulo Alexandre competiu no revezamento 4x100 e 4x400, conseguindo o bronze nas duas provas. Eduardo conseguiu bronze no salto em distância, bronze no lançamento de dardo, prata no arremesso de peso e foi campeão mundial no lançamento de disco. O Brasil ainda ganhou um bronze nos 400 metros rasos, uma prata no salto em distância e outra prata nos 200 metros rasos.
Os dois atletas cambeenses também participaram do Futsal, ficando em quarto lugar. O treinador Rodolfo Lara Moscardi, que acompanhou os atletas como técnico durante os jogos em Florença, ainda conta que eles puderam compartilhar muitos momentos de lazer durante a viagem, permitindo aos alunos conhecer mais da cultura italiana, suas construções monumentais e o enorme acervo de obras de arte.
A APAE de Cambé também realiza regularmente feiras culturais, abertas ao público, onde os alunos expõem trabalhos feitos em colaboração com seus professores, como maquetes, jornais históricos e painéis informativos.
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