E em um daqueles dias de crise existencial, quando se decide desligar o piloto automático para perceber o mundo ao redor, é possível embarcar em uma viagem sensorial de sons, aromas e visões que parecem novidade para aquele que está condicionado a fazer as mesmas rotas todos os dias, mas ainda assim, não percebe os detalhes de onde habita.
Realidades similares ou opostas, uma hora ou outra se tornam comuns na cidade que, onde o concreto ainda não cresceu do chão, se pode ver a terra vermelha. E no vai-e-vem do cidadão programado, nas grandes ruas cheias de gente pequena e vazia, ou não, os tropeços podem levar os olhares aos lados, e essa pode ser a experiência mais necessária para aliviar o sufoco, ou alimentá-lo.
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