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Olhares que se encontram

  • Ana Livia Glowaski
  • 21 de set. de 2016
  • 1 min de leitura

Amar é conhece a cor do olhar e saber o olhar de cor. A visão é o único sentido que ultrapassa, invade o objeto, penetra-o. Se a música transpassa o ouvido e inunda o corpo inteiro o olhar inverte este movimento: é ele que permeia cada parte.

Cada um, unicamente é um mundo nos olhando, nos costurando e moldando novas perspectivas. O olhar é construtor supremo, é abertura do espaço (liberdade) e também uma projeção de gestos criativos (luminosidade), a visão faz nascer na medida que mescla vazio e luz, espaço e movimento, silêncio e pulsação.

Se podes olhar, vê.

Se podes ver, repara.

Se podes reparar, contempla.

Ir sendo como vai o verbo, nenhum querer querendo.

Você reparou na inocência cruel das criancinhas? Elas adivinham tudo e sabem que a vida é bela

Não sabemos da alma senão da nossa, as dos outros são olhares, são gestos.

Cruzamos nossos olhares em aluma esquina, demos civicamente os bons dias.

Tornei da palavra meu melhor alicerce, um abismo de verbos.

Sutilmente, o sorriso que se perdeu, olhos céticos, reprimidos - vivant não voa.

O tempo é um agente inexplicável, torna a graça.

Eu sou um grão de areia.


 
 
 

Comentarios


DICA DO DIA

#1 

Leia Dom Casmurro, se você já leu pode ler de novo, por que? Porque é meu livro favorito.

 

#2

Acorde um pouco mais cedo e corra ou se alongue, comece o dia de bom humor.

 

#3

Beba um copão de café (sem açucar) e sorria mais que esses meus modelos.

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